O Brasil consolidou-se como um dos principais exportadores de commodities no mercado global, contribuindo significativamente com a economia nacional.
No ano passado, o país manteve sua relevância no comércio internacional. Mas, você sabe quais as principais mercadorias que saíram daqui em direção a outras regiões?
Neste conteúdo, veja um breve ranking com os 10 produtos mais exportados.
Antes, um breve contexto sobre a exportação de commodities
As commodities são aquelas mercadorias que atendem às características específicas.
Por exemplo, são bens primários: matérias-primas, produtos em estado bruto ou com pouco processamento. E possuem padronização para comercialização em grande escala.
Sem contar que são negociados em mercados internacionais, com demanda global. Inclusive, têm papéis nas bolsas de Chicago (CBOT), de Metais de Londres (LME), etc.
Por fim, considere ser aqueles produtos com pouca diferenciação. Ou seja, o comprador não adquire um produto específico de uma marca, mas um item de qualidade equivalente.
Então, considere que o Brasil registrou um superávit comercial de US$ 74,6 bilhões no último período anual, conforme notícia da Agência Brasil.
A Agência informou que “o resultado é o segundo melhor da história”, contribuindo muito na balança comercial brasileira.
Esse movimento totalizou US$ 337 bilhões, com uma leve queda de 0,8%, refletindo variações nos preços e volumes de commodities-chave, como soja, milho e minério de ferro.
Você também pode acompanhar os índices de preços das exportações na média mensal do Ministério da Economia do Brasil.
As commodities mais exportadas
Historicamente, algumas mercadorias mantêm suas relevâncias no Comércio Exterior.
Por exemplo, a soja e seus derivados estão entre as principais commodities exportadas pelo Brasil. E no último ano, houve um grande aumento para a China.
O minério de ferro continuou sendo um dos pilares, abastecendo o mercado asiático, também. E o petróleo bruto apresentou crescimento, reforçando a posição do Brasil.
Agora, vamos ao ranking. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os principais produtos exportados pelo país foram:
1 – Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus
As exportações de petróleo bruto atingiram US$ 44,8 bilhões, representando um crescimento de 5,2% em relação ao ano anterior.
Sim, o petróleo e seus derivados ocuparam a primeira posição desse ranking, o que é uma novidade. Saiba mais dessa curiosidade no vídeo a seguir:
2 – Soja
A soja, que historicamente liderava o ranking, registrou US$ 42,9 bilhões, uma queda de 11,04% devido à redução da safra e menor disponibilidade.
3 – Minério de ferro e seus concentrados
O minério de ferro manteve-se como uma das principais commodities, totalizando US$ 29,8 bilhões.
4 – Açúcares e melaços
As exportações de açúcares e melaços somaram US$ 18,6 bilhões, consolidando o Brasil como um dos maiores produtores e exportadores mundiais desse produto.
5 – Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos)
Esses produtos alcançaram US$ 11,6 bilhões, evidenciando a relevância do setor energético brasileiro.
6 – Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada
A carne bovina brasileira registrou US$ 11,6 bilhões, reafirmando a liderança do país no mercado global de proteínas animais.
7 – Café não torrado
O tradicional café brasileiro alcançou US$ 11,3 bilhões, mantendo sua posição de destaque no mercado internacional.
8 – Celulose
A celulose totalizou US$ 10,6 bilhões, refletindo a importância do setor de papel e celulose na economia nacional.
9 – Farelos de soja e outros alimentos para animais
Esses produtos atingiram US$ 10,4 bilhões, demonstrando a relevância do agronegócio brasileiro.
10 – Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas
As exportações desse segmento somaram US$ 9,0 bilhões, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de carne de frango.
O que esperar das commodities do Brasil?
Esses números refletem a diversidade e a força do setor exportador brasileiro, que, mesmo diante de desafios, continua a desempenhar um papel crucial na economia global.
Mas, o que esperar para este ano e os próximos? As expectativas governamentais apontam novos superávits comerciais entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões.
Por exemplo, espera-se que a soja continue desempenhando protagonismo nas exportações, especialmente com a manutenção da demanda chinesa.
Por outro lado, desafios devem surgir. Entre eles, as questões fitossanitárias, por exemplo, a suspensão de importações de soja brasileira por parte da China.
No setor mineral, o minério de ferro deverá manter sua relevância, embora oscilações nos preços internacionais possam impactar os resultados.
O petróleo brasileiro tende a ganhar mais espaço no mercado internacional, acompanhando a recuperação econômica global e a demanda por energia.
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